Quando o programa dos Vistos Gold foi lançado (2012) este constituiu uma forte alavanca para a economia, num mercado congelado pela crise e pela ausência do crédito a habitação. Passados 8 anos, o investimento estrangeiro de fora da europa pesa cada vez menos no volume global de imóveis transacionados. Não obstante, desde a sua criação o programa já arrecadou mais de 3,7 mil milhões de euros.
O constrangimento não está na atratividade do nosso país, mas na perceção negativa que o programa foi criando pelos constantes bloqueios burocráticos, que começaram nos finais de 2014.
Se de 2016 para 2017 tivemos um recuo de vistos atribuídos de menos 3,4% (844 milhões de euros), este ano o investimento caiu 18,4% (63,6 milhões de euros) e, “infelizmente, a tendência de quebra manter-se-á”, menciona o presidente da APEMIP Luís Lima.
A Casas do Barlavento considera que será bastante difícil recuperar a credibilidade do programa junto dos investidores, principalmente se a atribuição de vistos continuar a não funcionar adequadamente. No entanto, há sempre a esperança de novos países descobrirem este programa, como é o caso dos Turcos que começam, agora, a investir no imobiliário em Portugal.