Hoje em dia ouve-se dizer, com frequência, “Portugal está na moda”. E o Algarve. E o Sudoeste algarvio. E Lisboa. E Portugal outra vez.
A afluência de turistas de todo o Mundo, as reportagens e os artigos com incidência no estilo de vida português, os feitos dos portugueses, não esquecendo as mil maneiras de cozinhar o bacalhau, o vinho do porto e o pastel de nata, reúnem as condições óbvias para tornar Portugal um chamariz. O valor da dieta mediterrânica que, mais do que um «estilo de vida milenar, com as suas técnicas e práticas produtivas e extrativas, e com formas de preparação, confeção e consumo próprias», «é festejo e convívio» passou a património imaterial da humanidade (4 de Dezembro de 2013, Azerbaijão). Aliando sabor, variedade, saúde, cor e equilíbrio, a dieta Mediterrânica é «um modo de ver, pensar e agir; é um modelo de vida comunitária».
O contexto atual é sem dúvida um fator que se repercute nesta realidade: o custo de vida, o clima, a gastronomia, a segurança, o lazer e a animação noturna colocam Portugal numa posição de destaque, sobretudo quando comparado com os outros países da zona euro.
Já em 2014 saiu uma publicação que afirmava que «Portugal é como a Espanha só que… melhor». Até aqui, tudo bem, até percebermos que a publicação é da autoria duma jornalista espanhola (edição da revista americana Condé Nast Traveller). No desenvolvimento de «vinte bons motivos para deixar tudo e rumar a Portugal», Raquel Piñero não deixa escapar a beleza das praias de Portugal onde, «do norte ao algarve (…) haverá sempre uma nova para se descobrir, dessas que se pensava já não existirem, a ponto de se converterem na nossa praia favorita». Também o vinho, «que vai muito mais além do momento em que é bebido - ele é cultura, tradição e geografia» e até o «pão com manteiga e as azeitonas» como entrada são verdadeiro motivo de deleite, segundo a autora. Mas não se ficou por aí. Referiu-se a Portugal como «um outro mundo», descrevendo os momentos em que «parece ter-se recuado no tempo, com a chegada dos pescadores a um porto, vendendo aí mesmo a pesca do dia, o produto mais fresco do mundo». A influência das colónias, «notável não só pelos ecos que ressoam no fado como também por haver café e chocolate de tão boa qualidade» e a «simpatia e educação do povo português» fecham este artigo que é, digamos, hasta para a fogueira do orgulho nacional.
Segundo dados do INE, só «entre Janeiro e Julho de 2015, a hotelaria nacional recebeu 9,6 milhões de hóspedes que geraram 26,8 milhões de dormidas», o que levou Pires de Lima, à data ministro da economia, a considerar «Portugal cada vez mais afastado do destino turístico low-cost, surgindo com uma oferta cada vez mais valorizada». Pelas contas feitas, entre Julho de 2014 e Julho de 2015 verificou-se um aumento de 8,8% no número de hóspedes em Portugal (um total de 1,9 milhões). Em relação a 2016, o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim, admitiu que «tudo aponta no mesmo sentido» e que Portugal está em condições de poder ter um ano cheio de recordes».
Na ponta sudoeste do Algarve, a cidade de Lagos «foi a terceira cidade do país com o maior número de reservas em hostels, depois de Lisboa e Porto, no ano de 2015». Segundo o Hostelworld, a cidade algarvia está no top 100 das cidades com maior número de reservas neste tipo de alojamento turístico.
Kathleen Peddicord, fundadora do Live and Invest overseas publishing group, debruça-se sobre as «oportunidades para viver, passar a reforma e investir no exterior». No seu último artigo, em que destaca os melhores sítios do Mundo para viver a reforma com a qualidade esperada, Kathleen aponta o Algarve como o sítio onde «o custo de vida é barato, o ramo imobiliário é acessível e o clima é ótimo». Para além destes três aspetos, a autora referencia ainda a possibilidade de se falar apenas em inglês, devido «às fortes ligações culturais e históricas da região com a Inglaterra».
Segundo dados do website britânico “Post office”, citados no “The guardian”, «o Algarve é o destino mais barato para os britânicos passarem férias», sobretudo devido «à queda dos preços ao longo do ano passado bem como ao fortalecimento da libra em relação ao euro». Esta pesquisa foi feita com base em 44 países de todo o Mundo, equivalendo a cada um deles um cabaz de bens turísticos (creme solar, um café, um copo de vinho, um jantar para duas pessoas, um maço de tabaco, uma cerveja e uma coca-cola). Um cabaz destes no Algarve teria o custo de 29,32 libras (aproximadamente 38€), o valor mais baixo de todos os outros países avaliados.
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Se no período decorrido entre 1 de Janeiro e 10 de Agosto de 2015 foram encontrados 46.697 artigos noticiosos com referências ao Algarve, então é caso para dizer que o “País do Sol” está nas bocas do mundo e está a dar que falar. E também o Algarve. E o Sudoeste algarvio. E Lisboa. E Portugal outra vez.