A descrição que podemos encontrar no dicionário sobre a palavra “arquitetura” diz: “Arte da construção que trata simultaneamente os aspetos funcionais, construtivos e estéticos dos edifícios e construções” (Porto: Porto Editora, 2003–2019).
A definição é válida, mas para vários projetos construídos ultimamente em Portugal, é insuficiente. Portugal está recheado de arquitetos talentosos, com muita criatividade e coragem para não fazer o que já é habitual e confortável. Pelo país, vão aparecendo edifícios que desafiam a lei da gravidade, ou que se inserem perfeitamente no meio onde se encontram, com especial preocupação na certificação energética.
Temos vários edifícios com muitas utilidades, como capelas, casas de habitação e museus. A região do Algarve não é exceção, descobrimos nos sítios menos esperados obras de arte em forma de edifícios.
A casa Carrara destaca-se do meio-ambiente onde se encontra, o branco predominante em toda a casa e o mármore a contrastar com o azul do oceano Atlântico, sobressai à vista de qualquer um.
As linhas retas emolduram a habitação, ou segundo o arquiteto emolduram a vista que temos de dentro para fora da casa. A habitação parece esculpida de um bloco em bruto, o que resulta numa casa cheia de recantos interessantes, com formas retilíneas por onde os habitantes podem passar sem restrições.
As piscinas fazem parte do postal que dá a conhecer esta casa para habitação privada. Uma das piscinas é suspensa e de formato infinito, a outra fica logo na parte de baixo com um ambiente mais privado, mas com o carácter exterior. Veja as imagens desta casa premiada pelo Architizer A + Awards, aqui.
Foi encomendada por um casal suíço residente no Algarve há 30 anos, ao vencedor do prémio Pritzker. É uma capela inserida no meio de uma propriedade de 7 hectares, que em nada se parece com as típicas capelas cristãs. Em contraste com as capelas que conhecemos da religião cristã, esta é de linhas simples e o interior igualmente simples, transmitindo a ideia de plenitude com os objetos necessários para a completar. O interior tem mobiliário de madeira clara e painéis de azulejos com desenhos de estilo moderno, alusivos às cenas bíblicas. A própria cruz, idealizada e feita por Álvaro Siza Vieira, é de madeira clara, com uma forma única.
Para lá chegar apenas podemos dirigir-nos a pé, e sob marcação através deste link. Para ver imagens deste edifício nomeado para o prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019, siga este link.
Distante dos grandes centros turísticos, encontramos a Casa Messines. Inserida no puro Algarve, por entre a vegetação, conseguimos visualizar uma casa branca, com linhas contemporâneas. Nesta habitação, a luz natural é a convidada principal, pela disposição privilegiada nascente/poente onde a casa se encontra, permite luz todo o dia. Para receber essa luz, a zona de convívio dispõe de enormes janelas que dali é possível vislumbrar toda a linha da serra do Algarve.
No terraço temos uma piscina suspensa, sendo naturalmente aquecida pelo sol e tem uma vista 360°. Ainda no terraço encontramos um apontamento totalmente diferenciador, contrastante com o branco e as linhas direitas da casa, a tijoleira Santa Catarina. É um material com cor terracota, tradicional e produzido à mão no Algarve. Assista ao vídeo desta propriedade privada, criada pelo arquiteto Vítor Vilhena, aqui.
Não é apenas no Algarve que se encontram maravilhosas construções que desafiam a criatividade de qualquer um. Damos a conhecer uma casa no Alentejo e outra no centro de Portugal.
Esta propriedade aquando da apresentação, foi imediatamente apelidada casa do Monopólio pelas parecenças com as casas desse jogo de tabuleiro. O vermelho, mais propriamente o RAL 3000, deu o nome ao projeto. O arquiteto tem como linha condutora casas mais discretas, mas após perder o carro na herdade com 500 hectares, decidiu que a casa tinha de ter, também, a função de marco geodésico.
A forma da casa remete-nos para os desenhos da infância de casas simples com duas águas, portas e janelas. Por fora pode aparentar simplicidade, por dentro mostra uma casa ampla, com intenção de ser autossuficiente. Saiba mais sobre esta propriedade através do link.
O projeto desta casa foi feito a 6 mãos. O projeto de arquitetura ficou a cargo de Pedro Bandeira/Pierrot Le Fou, mas o mecanismo para a casa girar foi feito pelo proprietário com a profissão de engenheiro. A casa demora entre 6 a 16 minutos a dar uma volta 360°, tudo em função do sol.
A preocupação ambiental sempre esteve presente desde o início deste projeto, mas devido à singularidade da obra em si, não lhe é atribuído um certificado energético. Trata-se de uma casa única que pode mudar quando assim quiser e que está nomeada para o prémio EU Mies van der Rohe 2019. Saiba mais sobre esta habitação aqui.
A Casas Do Barlavento, como empresa do sector imobiliário, está sempre a par dos novos projetos arquitetónicos, quer sejam mais funcionais ou mais artísticos. Inspire-se com as nossas sugestões aqui.