A evolução das habitações já há muito que começara e o ponto de partida foi tentar tornar as casas mais sustentáveis e amigas do ambiente. No momento em que experienciámos o confinamento dentro das nossas habitações, e passámos a viver mais tempo num local que antes nos garantia principalmente comida e dormida, a reorganização do espaço transformou-se no tema principal.
Foi em março que começámos a dar outro significado às nossas casas. O lar passou efetivamente, a ser um porto de abrigo. Foi nesse mesmo mês que as casas passaram a ser também o local de trabalho, de escola, ginásio, espaço de tempos livres e todas as outras funções que já lhes eram atribuídas.
Está previsto que nas novas construções sejam prontamente contempladas novas áreas e novas organizações de divisões em casa. Os espaços exteriores privados e os locais de teletrabalho são o novo normal dentro de portas, e essas serão as primeiras questões a serem pensadas pelos construtores.
O espaço exterior privado, como as varandas, os jardins ou terraços, é um critério amplamente solicitado. Quem viveu o confinamento num apartamento, em que a única ligação ao exterior era feita através das janelas, ganhou a noção de que é um fator fundamental numa habitação. Estes espaços são imprescindíveis para atividades como o desporto, o convívio familiar ou até um ótimo espaço de teletrabalho. A planificação de terraços ou varandas, deverá reduzir o espaço útil coberto, sendo um novo desafio no que toca à organização do interior da casa.
A pandemia veio acelerar o que já estava previsto, o teletrabalho. Uma grande percentagem dos portugueses passou a trabalhar a partir de casa, mas com algumas condicionantes no que toca ao espaço para o fazer. A falta de mobiliário adequado e uma divisão com privacidade, vieram consciencializar os construtores para algo novo. A área do escritório será um critério essencial na procura de casas novas. Para o conforto total, este espaço deverá estar preparado com luz natural, ventilação apropriada e isolamento térmico e sonoro. O escritório deverá ter espaço para acomodar, pelo menos, duas pessoas, por ser já um modo de vida nas famílias portuguesas.
Prevê-se que os espaços comuns nos condomínios, sejam uma preocupação no futuro. Os jardins inseridos nos condomínios podem dar a liberdade de sair de casa com alguma segurança e garantir o distanciamento social necessário nos tempos que correm.
Outro equipamento comum previsto serão os espaços de coworking, que de certa forma poderão beneficiar quem deseje sair do espaço familiar para trabalhar, mas que ainda assim queira estar a poucos metros do seu lar.
Os ginásios e piscinas comuns são uma constante nos novos condomínios, ganhando ainda mais relevância em tempo de pandemia.
O posicionamento das casas, respeitando a orientação solar, será cada vez mais considerado, de modo a obter bons resultados no certificado energético. Em Portugal, o sol nasce a este e põe-se a oeste, sabendo que, apesar de ser um país pequeno, as temperaturas variam bastante de região para região, a casa deve estar bem posicionada segundo a região onde se encontra, para obter temperaturas mais frescas no verão e mais quentes no inverno.
Alguns estudos apontam que o comércio de proximidade será tendência. Para evitar grandes aglomerados de pessoas, o comércio de proximidade poderá ganhar mais espaços em zonas de habitação, facilitando o acesso a certos produtos se, porventura, surgir a necessidade de um novo confinamento.
As residências para seniores, bem como as residências para estudantes, poderão surgir em maior número. Aproveitando o facto de existir o programa de Residentes Não Habituais e o baixo número de casos de Covid-19 em Portugal, a aposta recairá sobre estes empreendimentos, beneficiando quem pretenda passar a reforma num país seguro e de temperaturas amenas como Portugal (conheça as vantagens do programa RNH aqui).
Já no caso das residências estudantis, poderá ser uma alternativa de negócio para quem tenha alojamentos locais, passando do arrendamento de curta duração, para o arrendamento de curta-longa duração não superior a um ano e com a opção de renovar o contrato.
Se acredita que este ainda não é o momento certo para procurar uma casa nova, sempre poderá redefinir os espaços da sua atual casa, veja algumas dicas aqui. Caso procure um terreno para construir uma casa de raiz ao seu gosto, que tenha todos os critérios acima mencionados, procure aqui. Para que o processo da mudança seja o mais breve possível, entre em contacto com a Casas do Barlavento, teremos todo o gosto de lhe apresentar a casa que preencherá todos os seus requisitos.